quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quadras do Cego Aderaldo

Meu benzinho, diga, diga
por caridade confesse
se você já encontrou
quem tanto bem lhe quisesse.

Meu bem que mudança é esta
neste teu rosto adorado
Acabou-se aquele agrado
com que me fazias festa.

Eu juro que nunca quis
ofender teu peito nobre
fala, meu anjo,descobre,
diga ,meu bem, que te fiz

Todo passarinho canta
quando vem rompendo a aurora
só a podre  mãe-da-lua
quando canta,logo chora...
assim eu faço também,
quando meu bem vai se embora.

A unha nasce do dedo,
o dedo nasce da mão,
mas a mão nasce do braço
e o braço nasce do vão,
a pedra nasce do fogo
e o fogo nasce do chão,
o amor nasce de dentro,
do interior do coração

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